Um círculo para ajudar os participantes a praticarem 'ver' o eu verdadeiro nos outros, aprendendo a reconhecer a luz interior além das aparências externas e julgamentos superficiais.
Duração: 70 minutos
Participantes: 8-16 pessoas
Objeto da palavra, itens para o centro, folhas de exercício 'Ver a Luz ao Invés do Abajur', canetas ou lápis
Ajudar os participantes a praticarem 'ver' o eu verdadeiro nos outros, desenvolvendo a capacidade de reconhecer a bondade e sabedoria interior das pessoas além de suas aparências, comportamentos ou circunstâncias momentâneas.
Leia pausadamente, permitindo que as palavras ressoem. Esta citação estabelece o tema central do círculo: reconhecer a luz interior em nós mesmos e nos outros. Após a leitura, permita um momento de silêncio para reflexão antes de prosseguir.
Leitura da Citação de Marianne Williamson:
O nosso medo mais profundo não é que sejamos inadequados.
O nosso medo mais profundo é que sejamos poderosos além da conta.
É a nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos assusta.
Nós nos perguntamos: Quem sou eu para ser brilhante, deslumbrante, talentoso, fabuloso?
Na verdade, quem é você para não ser?
Você é filho de Deus.
Fazer de conta que é pequeno, não serve ao mundo.
Não há nada de iluminado em se encolher para que outras pessoas não se sintam inseguras perto de você.
Nós todos nascemos para brilhar, como as crianças.
Nós todos nascemos para manifestar a glória de Deus que está dentro de nós.
Não está apenas em alguns de nós; está em cada um de nós.
E quando permitimos que a nossa própria luz brilhe, inconscientemente nós damos permissão para que as outras pessoas façam o mesmo.
Quando nos libertamos de nosso próprio medo, nossa presença automaticamente liberta os outros.
– Marianne Williamson
Este check-in prepara o grupo para examinar nossos padrões de julgamento. Seja o primeiro a compartilhar, dando exemplo de vulnerabilidade. Crie um ambiente onde as pessoas se sintam seguras para admitir seus julgamentos sem serem julgadas por isso. O estabelecimento de valores é crucial antes de explorar este tema sensível.
Apresente o Objeto da Palavra
Explique como funciona antes de iniciar a rodada.
Rodada de Apresentação/Check-in
Passe o objeto da palavra, convidando os participantes a se apresentarem, se eles ainda não se conhecerem, ou para verificar se o Círculo já se encontrou antes.
Sugerimos que o facilitador, nessa rodada, seja o primeiro a falar.
Perguntas sugeridas:
- Como você chegou até aqui hoje?
- Você se lembra da última vez que fez um julgamento rápido sobre alguém?
- O que significa para você a ideia de 'ver a luz nos outros'?
GERAÇÃO DE VALORES E DIRETRIZES
Envolver os participantes na geração de valores e diretrizes é um ponto crítico na criação do espaço seguro para o Círculo. O processo engaja o grupo na responsabilidade de manter o espaço seguro.
Se o círculo já se encontrou antes, reveja e exponha os valores e as diretrizes do círculo anterior. Se for o primeiro encontro do círculo, estabeleça uma base de valores.
Após estabelecer os valores, desenvolva as diretrizes para o círculo, pedindo aos participantes que expressem um acordo que seja importante para a sua participação no Círculo. Passe o objeto da palavra. Registre as diretrizes e coloque-as em um lugar à vista de todos.
Este exercício requer delicadeza, pois todos nós julgamos. Normalize esta tendência humana sem justificá-la. Ajude os participantes a distinguir entre observação factual e julgamento de valor. Encoraje honestidade sobre os julgamentos feitos. Durante a visualização da 'luz', oriente para que imaginem bondade, sabedoria e potencial nas pessoas observadas. Mantenha o foco na transformação pessoal, não na mudança dos outros.
ATIVIDADE PRINCIPAL: Reconhecendo o Eu Verdadeiro nos Outros
INTRODUÇÃO AO CONCEITO (8-10 minutos):
Explique aos participantes que existe uma parte em todos nós, o ego, que age como se fosse uma "máquina de julgar." Nós vemos as pessoas e automaticamente as julgamos – legais, desagradáveis, antipáticos, inteligentes ou burros. Nós fazemos isso no supermercado, no ônibus, no corredor, até mesmo com pessoas que nós nem conhecemos: nós julgamos as pessoas com base na aparência, comportamento ou atitude. Nós fazemos isso de maneira tão inconsciente que nem percebemos o quanto o fazemos.
Porém, nós também acreditamos que dentro de cada pessoa, assim como dentro de cada um de nós, existe um "eu verdadeiro" que é sábio, bom e poderoso. Será que podemos aprender a "ver" essa bondade dentro de cada indivíduo?
O CONCEITO DO ABAJUR VS. LUZ:
O primeiro passo é nos conscientizarmos do quanto nós nos focamos nas coisas pequenas a respeito das pessoas, fazendo com que essas características menos importantes sejam a história completa sobre quem essa pessoa realmente é. Isso é o que chamamos de abajur: a armação externa – a aparência de alguém, o carro que tem, o seu comportamento no momento. Frequentemente, nós tratamos o abajur como se fosse quem a pessoa realmente é.
O segundo passo neste exercício é fazer uma escolha consciente para "ver" a luz ao invés do abajur. O benefício escondido neste exercício é que quanto mais se conseguir ver o eu verdadeiro nos outros, mais você vai conseguir estar em contato com seu próprio eu verdadeiro. Quanto mais você reconhece a luz no outro, mais você afirma essa verdade sobre você mesmo.
EXERCÍCIO INDIVIDUAL (10-15 minutos):
Entregue a folha de exercício e peça que cada participante a preencha:
FOLHA DE EXERCÍCIOS: VER A LUZ AO INVÉS DO ABAJUR
Pense em três pessoas que você viu a caminho do círculo. Escolha pessoas que você não conheça e com quem você nunca sequer conversou. Pode ser alguém que tenha sentado ao seu lado no ônibus, uma garçonete que lhe serviu café, ou uma pessoa que você viu caminhando na rua. Descreva cada pessoa. Anote então que julgamentos o seu ego fez daquela pessoa.
JULGAMENTOS FEITOS:
- Pessoa Um: _________________________________
- Pessoa Dois: _________________________________
- Pessoa Três: _________________________________
Agora, visualize-se "enxergando" o eu verdadeiro interno em cada um desses três indivíduos. Imagine-se passando por eles e escolhendo vê-los como sendo bons, sábios e poderosos. Qual é a sensação?
Baseado nessa visualização, responda às seguintes perguntas para si mesmo:
- O jeito que realmente me sinto quando vejo as outras pessoas é: _______________
- Quando pratiquei "ver" o eu verdadeiro nos outros, o que aprendi sobre mim mesmo foi: _______________
RODADAS DE REFLEXÃO:
Rodada 1 - Descobertas sobre Julgamentos (8-10 minutos):
Passe o objeto da palavra com a pergunta: O que você aprendeu a respeito de como nós vemos as outras pessoas? O que você aprendeu sobre a sua "máquina de julgamento" interna? O que você sente quando está julgando os outros?
Rodada 2 - Experiência de Ver a Luz (8-10 minutos):
Passe o objeto da palavra com a seguinte pergunta: Como você se sente tentando "ver" o eu verdadeiro nos outros, mesmo quando os outros não estão mostrando através de seu comportamento ou de suas ações? Você conseguia imaginar um eu verdadeiro nos outros? Como você se sentiu a respeito de si mesmo enquanto imaginava o eu verdadeiro nos outros?
Rodada 3 - Aplicação Prática (8-10 minutos):
Passe o objeto da palavra perguntando: O que você acha que ganha aprendendo a ver o eu verdadeiro nos outros? O que ajudaria você a fazer disso uma prática diária em sua vida? O que você precisa para apoiá-lo a fazer disso uma prática no seu dia a dia?
Este check-out é fundamental para integrar os aprendizados sobre compaixão e reconhecimento do eu verdadeiro nos outros. Permita que os participantes processem suas descobertas. Seja o último a se manifestar. Reconheça a coragem do grupo em examinar seus padrões de julgamento e experimentar uma nova forma de ver.
Rodada de Check-out
Passe o objeto da palavra convidando os participantes a compartilharem seus pensamentos a respeito do círculo.
Perguntas sugeridas:
- Como você se sente agora depois de praticar 'ver a luz' nos outros?
- Que mudança você notou em sua perspectiva durante este círculo?
- Como essa prática pode impactar suas relações cotidianas?
- Que compromisso você gostaria de fazer sobre 'ver a luz' nos outros?
Se o tempo for limitado:
Você poderá também pedir que os participantes se manifestem usando uma palavra que resuma como eles estão se sentindo neste momento, quando o círculo está por terminar.
Sugerimos que o facilitador seja o último a falar.
Esta bela citação de Byrd Baylor resume perfeitamente a mensagem do círculo: quando nos consideramos superiores aos outros, perdemos a capacidade de verdadeiramente vê-los e escutá-los. Leia pausadamente, permitindo que a metáfora do sapo ressoe como um convite à humildade e abertura. Permita um momento de silêncio após a leitura.
Em um círculo é sempre importante marcar o final desse espaço intencional.
Leia a Citação de Byrd Baylor:
Considere um sapo, por exemplo.
Se você acha que é melhor do que um sapo,
Você nunca ouvirá sua voz,
Mesmo que sente ao sol para sempre.
– Byrd Baylor, O Outro Jeito de Escutar
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Agradeça a todos por terem vindo e participado do círculo.