Quem dobrou seu paraquedas

O Capitão Charlie Plumb, euroamericano, foi piloto de jatos da marinha americana no Vietnã. Depois de 75 missões de combate, seu avião foi destruído por um míssil. Charlie Plumb foi ejetado para então cair nas mãos do inimigo. Ele foi capturado e passou 6 anos em uma prisão vietnamita comunista, onde foi torturado. Charlie Plumb …

Quem dobrou seu paraquedas Leia mais »

⏱️ Duração Estimada: 4
🎭 Tipo de Atividade: Contação de História
📝 Cadastrada em: 08/10/2025

Sobre esta Cerimônia

O Capitão Charlie Plumb, euroamericano, foi piloto de jatos da marinha americana no Vietnã. Depois de 75 missões de combate, seu avião foi destruído por um míssil. Charlie Plumb foi ejetado para então cair nas mãos do inimigo. Ele foi capturado e passou 6 anos em uma prisão vietnamita comunista, onde foi torturado. Charlie Plumb descreve o encontro —décadas depois— com o homem que dobrou seu paraquedas.

Recentemente, eu estava sentado em um restaurante em Kansas City. Um homem sentado a umas duas mesas de distância não parava de olhar para mim. Eu não o reconheci. Alguns minutos após a refeição, ele se levantou e veio em direção a minha mesa, olhou para mim, apontou o dedo na minha cara e falou:

— Você é o Capitão Plumb.

Eu olhei para ele e respondi:

— Sim senhor, sou o Capitão Plumb.

— Você voava em jatos de combate no Vietnã. Você estava no porta-aviões Kitty Hawk. Você foi atingido e derrubado. Você voou de paraquedas para as mãos do inimigo e passou seis anos como prisioneiro de guerra, disse-me ele.

Perguntei então:

— Como diabos você sabe sobre isso tudo?

— Porque eu dobrei seu paraquedas, foi a resposta.

Eu fiquei sem palavras. Eu cambaleei e ofereci o meu muito obrigado coberto de gratidão. Esse cara veio com as palavras certas. Ele pegou minha mão, apertou meu braço e falou:

— Acho que funcionou, então!

— Sim senhor, realmente funcionou, eu disse. E devo dizer a você que eu rezei muito, agradecendo por seus dedos ágeis; mas nunca imaginei que teria a oportunidade de expressar minha gratidão pessoalmente.

Ele perguntou então:

— Todos os painéis estavam lá?

— Bem, eu vou ser sincero com o senhor, respondi. Dos dezoito painéis que deveriam estar no paraquedas, quinze deles estavam em boas condições. Três estavam danificados, mas a culpa não foi sua, foi minha. Eu pulei do jato numa velocidade acima da média, muito próximo do chão. Foi isso que danificou os painéis do paraquedas. Não foi pela maneira como você os dobrou. Mas… deixa eu perguntar uma coisa: você mantém o controle de todos os paraquedas que dobrou?

— Não, ele respondeu. Para mim já é gratificante o suficiente apenas saber que eu servi.

Eu não consegui dormir bem naquela noite. Eu continuei pensando naquele homem. Fiquei imaginando como era a aparência dele com o uniforme da marinha — o chapéu Dixie, a toalhinha no bolso de trás e a calça boca de sino. Eu me perguntei quantas vezes eu posso ter passado por ele a bordo do porta-aviões Kitty Hawk. Imaginei quantas vezes eu devo tê-lo visto e não dado nem um “bom dia”, “como vai você”, ou qualquer coisa, porque, veja bem, eu era um piloto de caça e ele era um simples marinheiro. Quantas horas ele passou naquela longa mesa de madeira nas entranhas daquele navio tecendo as cordas e dobrando as sedas daquele paraquedas? Eu simplesmente não me importava. . . até o dia em que meu paraquedas apareceu e ele o empacotou para mim.

Então a pergunta filosófica aqui é a seguinte: Como anda o empacotamento do seu paraquedas? Quem te procura quando precisa de ajuda? E talvez, ainda mais importante, quem são as pessoas especiais da sua vida que te dão coragem quando você perde o chão? Talvez agora seja a hora certa para ligar e agradecer por dobrarem seu paraquedas.

📃 Roteiros que usam esta Cerimônia (0)

Esta cerimônia ainda não é usada em nenhum roteiro.