Meditação Reflexiva: Interconexão na Natureza – Parte 2
Vamos respirando profundamente, expandindo nossa consciência e sentindo essa força vital que pulsa em cada célula, em cada batimento do coração. Em nosso encontro de hoje, iniciamos reconhecendo nossa conexão profunda e sagrada com toda a natureza que nos cerca. Depois, abrimos o coração para as pessoas que marcaram nossa jornada, tanto aquelas que despertaram …
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Sobre esta Cerimônia
Vamos respirando profundamente, expandindo nossa consciência e sentindo essa força vital que pulsa em cada célula, em cada batimento do coração.
Em nosso encontro de hoje, iniciamos reconhecendo nossa conexão profunda e sagrada com toda a natureza que nos cerca.
Depois, abrimos o coração para as pessoas que marcaram nossa jornada, tanto aquelas que despertaram em nós alegria e amor, como aquelas que também nos trouxeram crescimento.
E mesmo quando pensamos naquelas pessoas cujos comportamentos nos desafiam ou nos machucam, podemos exercitar um olhar compassivo: por trás de cada ação existe uma força sagrada buscando ser atendida — essa força que na CNV chamamos de necessidades.
Essas necessidades não pertencem apenas aos seres humanos.
Elas são a própria essência pulsante da vida em todas as suas manifestações!
Até na menor formiguinha podemos reconhecer essa energia vital em movimento.
Observe: quando sopramos delicadamente uma formiga, ela acelera seus passos e busca segurança.
Ali está se manifestando os rudimentos do sentimento de medo e a necessidade universal de autocuidado e proteção, a mesma que pulsa em cada um de nós.
Vocês podem perceber também um outro instinto que está nos animais: o instinto materno.
Essa é a expressão mais pura de nossa necessidade compartilhada de cuidar, proteger e nutrir aqueles que amamos.
Mesmo nas criaturas que consideramos mais simples, essa força amorosa de cuidado mútuo se manifesta de formas tocantes e sábias.
Os animais também têm uma necessidade de pertencimento.
Alguns fazem xixi para marcar o território. Essa é uma forma de avisarem aos demais que eles pertencem àquele local, eles querem ser vistos e reconhecidos.
Outros fazem ninhos. Cada ninho é uma expressão de um espaço seguro: ‘Este é meu lar, meu refúgio sagrado onde a vida pode crescer em segurança, onde meus filhotes podem florescer protegidos’.
É a necessidade universal de abrigo e pertencimento expressando-se com uma sabedoria natural, presente em todos os seres.
E nós, seres humanos, carregamos essa mesma necessidade profunda de lar, de comunidade, de um lugar onde possamos ser verdadeiramente nós mesmos.
Até as plantas nos ensinam sobre a necessidade de crescimento e aprendizagem!
Observe como elas dançam suavemente em direção ao sol, ajustando-se com uma graça natural às mudanças de luz e estação.
Assim como elas, nós também buscamos nossa luz, adaptamos nossos comportamentos, crescemos em direção ao que nos nutre e nos faz florescer.
É a mesma força sagrada que nos impulsiona a evoluir, a cuidar de nossa comunidade, a buscar não apenas sobrevivência, mas também realização, propósito e alegria.
Essa energia vital pulsa em cada ser vivo, em cada canto do universo onde a vida se manifesta.
Alguns a chamam de impulsos vitais, outros de instintos.
Na CNV nós chamamos isso de necessidades — reconhecendo que é uma força sagrada que nos impulsiona a cuidar da vida, a amar a vida.
Nós podemos tentar nos conectar com as pessoas, com os seres vivos, e contemplar essa energia divina que pulsa em todos nós.
Nós exercitamos essa conexão com a vida, contemplando a nossa própria energia e desenvolvendo a consciência dessa mensagem interna de cuidado, de amor, que nós temos.
Eu vou ficar em silêncio mais alguns segundinhos para nós respirarmos e contemplarmos a vida que existe em nós, sentindo a gratidão por essa força que nos une.
E daqui a pouco nós encerramos.
Agradeço a participação de vocês.
Convido vocês a oficializarmos nossa despedida agora, levando no coração essa consciência de que somos todos parte de uma mesma força vital.