Resenha do Livro: O Poder da Empatia — As Aventuras de Beatriz na Luta Contra os Rótulos

“O Poder da Empatia: As Aventuras de Beatriz” é uma obra de literatura infantil escrita por Bruno Goulart de Oliveira, publicada pela CNV em Rede. Dedicado ao público de 8 a 12 anos, o livro utiliza a narrativa de sonhos lúcidos e missões espirituais para introduzir temas profundos de Educação Emocional, Empatia, Comunicação Não Violenta e Espiritualidade.

O livro aborda questões sensíveis e contemporâneas, como Bullying e rótulos negativos, Dificuldades de aprendizagem, Aceitação das diferenças, o Poder das palavras, Transformação através do amor e Espiritualidade infantil.

A Jornada de Beatriz e O Poder da Empatia

A história começa com Beatriz, que se sente contente e empolgada por aprender coisas novas e estar entre amigos. Após uma oração que expressa gratidão pela vida, pela natureza e por Jesus e os anjos estarem sempre ao lado, ela adormece e tem um sonho muito especial, sentindo-se leve e flutuando.

Em seu sonho, Beatriz encontra seu tio Marcos e se junta a um grupo para uma missão crucial. Tio Marcos explica que algumas crianças estão “perdendo a forma humana” devido às “críticas e julgamentos” que ouvem durante o dia. Para reverter essa transformação, a empatia terá um papel essencial para o sucesso da missão.

A Transformação Gerada pelos Rótulos Negativos

A aventura de Beatriz a leva ao jardim de uma escola, onde encontra um menino cuja cabeça se transformou na de um animal. Assustada no início, ela percebe que ele está muito triste. Ao perguntar seu nome, o menino revela que não se lembra, apenas do rótulo que lhe foi dado: “burro!”. O uso dessa palavra reforçava a transformação e fazia com que ele perdesse a consciência de sua essência humana.

É aqui que se manifesta O Poder da Empatia de Beatriz. Seu poder é a capacidade de revelar o amor presente em tudo que Deus criou, mesmo que esteja escondido.

Ao invocar o perdão, Beatriz acolhe a tristeza do menino e fala em nome de quem o julgou. Ela reconhece:

• A falta de respeito ao tempo de aprendizado do outro.
• A dificuldade em aceitar as próprias falhas (“Eu ainda não sei me amar de verdade”).
• Que o ato de rotular (“te chamei de ‘burro'”) era uma forma de evitar se perceber e reconhecer a própria incapacidade de educar.

O Cultivo do Amor e a Essência Humana

Graças à intervenção empática, o menino, que se chamava Lucas, começou a acolher sua própria tristeza, chorando e realizando uma “limpeza” emocional. Beatriz reforça que “Você não é ‘burro’! Nunca foi e nunca será! Na verdade, você tem muito a me ensinar”.

O perdão e a compaixão fazem com que a transformação seja revertida: Lucas lembra seu nome, e as crianças ao redor, que também foram rotuladas, recuperam sua aparência normal.

A lição final, reforçada por Tio Marcos, é que sempre que criticamos ou culpamos os outros, estamos perdendo uma oportunidade preciosa de aprender com as diferenças e cultivar o amor. Beatriz acorda com a certeza de que “não existe pessoa ‘burra’!” e que as dificuldades de aprendizagem sinalizam a necessidade de encontrarmos formas diferentes de educar.

“O Poder da Empatia: As Aventuras de Beatriz” é um convite inspirador para que as crianças (e os adultos) vejam além dos rótulos e descubram a essência divina e o amor que reside em cada ser.

Ficha Técnica do Livro