A Descoberta dos Sentimentos
Cerimônia de Fechamento Leia o poema com calma e presença. Deixe as palavras respirarem. A Descoberta dos Sentimentos Conheço pessoas que não desenvolveram um vocabulário de sentimentosnE suas expressões afetivas carecem de desenvolvimento.nQuando elas pensam em como estão se sentindonParece que as palavras vão sumindo… Se pergunto a elas “como você está?”nElas dizem: “Tô bem!” …
Sobre esta Cerimônia
Cerimônia de Fechamento
Leia o poema com calma e presença. Deixe as palavras respirarem.
A Descoberta dos Sentimentos
Conheço pessoas que não desenvolveram um vocabulário de sentimentosnE suas expressões afetivas carecem de desenvolvimento.nQuando elas pensam em como estão se sentindonParece que as palavras vão sumindo…
Se pergunto a elas “como você está?”nElas dizem: “Tô bem!” ou “Tô Mal”.nÀs vezes, tem um meio-termo, como:n”Tô me sentindo normal”
Não sei até que ponto essas respostas se relacionam com outras ideiasnA de que há sentimento “bom” e “ruim”, “normal” e “anormal”.nMesmo pessoas que possuem um vocabulário maior de sentimentosnSofrem as consequências dessa crença cultural.
Parece que há sentimentos que as pessoas devem buscarnE sentimentos que as pessoas devem evitar,nSentimentos que precisamos escondernE sentimentos que temos que aparentar.
Evitamos tanto os sentimentos “ruins”, que “como vai?” virou “tudo bem?”nE se você responder que NÃO está “tudo bem” eu não sei o que fazer…nE, talvez, eu diga: Ih… lá vem! Pra que todo esse pessimismo?nNão vem que não tem! Não liga não! Vai passar… você vai ver só! Já, já, vai ficar tudo bem!
Às vezes, nosso maior medo não é o de sofrer com uma dor emocional.nNosso maior medo é ver o outro sofrer e não saber o que fazer.nE qual solução encontramos para lidar com esse medo?nDesconexão, distração, distorção… Vamos sair pra beber?
Já nem sei se as coisas estão assim por conta da nossa covardia empáticanOu se é uma manobra desse sistema para manter a fábrica de robôs atuante.nMas, com certeza propagar a desconexão afetiva é uma ótima táticanPara nos manter alienados, individualistas, submissos e ignorantes.
Então, estou aprendendo a olhar para mim e ser mais grato pelos meus sentimentos.nAntes de pensar se são bons ou ruins, eu quero saber do que eles querem cuidar.nNão pretendo agir por impulso e fazer o que der vontade a todo o momento.nMas, escutar e entender meus sentimentos é um meio de me humanizar.
Estou entendendo agora que o Medo é um impulso em busca do Cuidado.nSem o sinal do Medo, poderíamos não perceber o que precisa ser Priorizado.
A Raiva e a Culpa estão lado a lado.nElas querem cuidar de limites que foram violados.nAmbas têm o Medo como base, ou seja, uma vontade de ter Cuidado.nA Culpa me diz que quero Respeitar mais o outronE a Raiva me diz que quero ser mais Respeitado.
E a Tristeza tão mal compreendida,nEla elabora a dor das nossas necessidades feridas.nA Tristeza, quando bem vivida…nFaz uma verdadeira Limpeza!
Sem essa limpeza, a dor se tornará um pesonE não teremos mais leveza.nE a tristeza também é uma expressão de amor,nSe acha que não é verdade, pense um pouco sobre “O que é saudade?”.nSe não aprendemos a viver a tristeza com aceitação,nNão desenvolveremos a habilidade da compaixão.
Compaixão é complementar ao amornE compaixão significa “juntos na dor”.nEntão, não dá para viver o amor rejeitando a dor
Acolher o Medo, a Culpa, a Raiva e a TristezanÉ acolher o ser humano em sua inteireza,nComeçando pela aceitação da nossa própria natureza.
– Bruno Goulart de Oliveira
Agradeça a todos por terem vindo e participado do círculo.